"Nós continuaremos fazendo filmes", disse o diretor criativo do estúdio da Disney
Redação Publicado em 11/11/2019, às 09h14
Após diversos comentários de Martin Scorsese e diversas respostas às críticas do diretor de O Irlândes, filme da Netflix com Robert De Niro e Al Pacino que estreia no final deste mês, ao universo Marvel no cinema, foi a vez do diretor criativo do Marvel Studios, Kevin Feige, comentar o caso.
Em entrevista ao podcast Awards Chatter, o responsável pela idealização dos 23 filmes que compuseram o Marvel Cinematic Universe (MCU) até o momento revelou que ainda não processou completamente o sucesso da franquia, principalmente após Vingadores: Ultimato, lançado no ínicio deste ano, superar Avatar (2009) e se tornar a maior bilheteria da história do cinema, com quase 2.8 bilhões de dólares arrecadados em bilheteria:
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"Atender a essas expectativas e, em muitos casos, superá-las? Eu ainda estou processando isso, para ser honesto com você. Porque por cinco anos, nossa meta e superstição era entregar a promessa de um final que não era esperado, que as pessoas não estavam prevendo, e ver o público ao redor do mundo respondendo a esses personagens com quem vivemos por mais de dez anos, e eles viveram por mais de dez anos, foi algo uma experiência realmente emocional e marcante."
Ele ainda revelou que viu o potencial para o MCU de agora já na realização de Homem de Ferro, lançado em 2008 e o primeiro filme a compor a franquia: "A noção de uma história época que englobasse os mesmos personagens por diferentes períodos... Nós poderíamos começar a juntá-los e criar um universo na telona da mesma forma que existe no universo dos quadrinhos."
A ideia inicial era de chegar a cinco filmes: "Por muito tempo, Vingadores era nossa linha do horizonte, o que estávamos buscando", declarou. Só que as coisas mudaram depois da comprar do Marvel Studios pela Disney, em 2009, tornando possível expandir ainda mais o univeso. "[A venda] foi a melhor coisa que aconteceu para a gente", disse.
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Feige então falou sobre os comentários de Scorsese sobre a Marvel, que chegou a dizer que os filmes transformaram o cinema em um parque de diversões, mas assumiu que, caso fosse mais jovem, poderia até dirigir algum filme da franquia.
Em um artigo para o The New York Times, o diretor mencionou o que faltava para os filmes da Marvel o atraírem mais: "Muitos elementos que definem o que eu conheço por cinema estão nos filmes da Marvel. O que não está é a reveleção, o mistério e um genuíno dilema emocional. Nada está em risco", declarou Scorsese.
Para Feige, a visão do diretor é equivocada: "Eu não acredito que isso seja verdade. Eu acho que é infeliz. Eu acho que eu mesmo e quem trabalho com filmes ama cinema, ama filmes, ama ir ao cinema e ama assistir a uma experiência comunal em um cinema cheio de pessoas", disse.
"Eu acredito que é divertido para nós pegar o nosso sucesso e usá-lo para se arriscar e ir a diferentes lugares. Todos temos uma definição diferente para o cinema. Todos temos uma definição diferente para a arte. E todo mundo tem uma diferente definição de risco", complementou.
"Algumas pessoas não acham que é cinema. Todo mundo tem direito a ter sua opinição. Todo mundo tem direito a repetir essa opinião. Todo mundo tem direito a escrever artigos sobre sua opinião. E eu aguardo ansiosamente para o que virá depois. Mas, nesse meio tempo, nós continuaremos fazendo filmes."
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