Animal leva em seu sangue anticorpo com potencial para inibir efeito do vírus
Redação Publicado em 18/05/2020, às 09h46 - Atualizado às 10h34
Uma lhama chamada Winter, que vive em um rancho de um laboratório na Bélgica, pode se tornar uma heroina na lutra contra o coronavírus. Tudo porque ela leva em seu sangue um anticorpo com potencial de inibir os efeitos da doença.
Uma pesquisa recente revelou que um tipo de anticorpo desenvolvido pelas lhamas pode ajudar a combater de forma efetiva a infecção causada pela Sars-Cov-2, ome oficial do novo coronavírus. A pesquisa, no entanto, ainda está em fase inicial e pode demorar para ser concluída.
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Segundo o cientista Daniel Wrapp, que conversou com a BBC Mundo, os pesquisadores estão otimistas com o fato. Daniel atua Departamento de ciências moleculares da Universidade do Texas, em Austin, nos Estados Unidos, e é o principal autor do estudo sobre as lhamas.
A história da lhama Winter começou quando ela tinha meses de vida, em 2016. Na época, cientistas do Texas e da Bélgica escolheram o animal para investir Sars-Cov-1 e o MERS-Cov, que são coronavírus da mesma família do Sars-Cov-2.
Os estudiosos descobriram que, quando o sistema imune das lhamas detecta um invasor externo, como uma bactéria ou vírus, o seu organismo produz um anticorpo do tamanho de um quarto do tipo de anticorpo que é desenvolvido pelos humanos, que foi chamado de nanocorpos.
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Agora, quatro anos depois do começo do estudo e diante da pandemia do novo coronavírus, Wrapp e sua equipe fizeram novos experimentos para ver o quão efetivo seriam os resultados dos nanocorpos contra o Sars-Cov-2.
Os pesquisadores então criaram um tipo de anticorpo para enfrentar o novo cornavírus. Os resultados iniciais dos testes apontam que o nanocorpo pode neutralizar a proteína do Sars-Cov-2 que ataca o organismo humano.
"Esperamos que esse anticorpo possa servir como um tratamento para reduzir a carga do novo coronavírus e os sintomas da covid-19", disse Wrapp.
No entanto, os especialistas acreditam que há um longo caminho pela frente para que esses anticorpos sejam aprovados para serem testados em humanos.
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