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Música / ORGULHO TRANS

Além de Linn da Quebrada, cantoras trans e negras para não tirar da playlist

Jup do Bairro, MC Xuxu e Danna Lisboa estão na lista

Henrique Nascimento Publicado em 30/12/2019, às 11h54 - Atualizado em 14/06/2020, às 10h25

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Linn da Quebrada, Jup do Bairro e MC Xuxu: cantoras trans e negras para não deixar de ouvir - Instagram
Linn da Quebrada, Jup do Bairro e MC Xuxu: cantoras trans e negras para não deixar de ouvir - Instagram

Trans, negra e moradora da Zona Leste, uma das regiões mais marginalizadas de São Paulo, Linn da Quebrada certamente foi uma das artistas mais notáveis da última década na música brasileira.

Multitalentosa, a artista começou a fazer sucesso em 2016, com o lançamento dos singles Talento e Enviadescer. No ano seguinte, teve o início de sua carreira retratado em Meu Corpo É Político, documentário de Alice Riff, e divulgou uma campanha de financiamento coletivo para lançar seu primeiro álbum, Pajubá, que saiu em outubro do mesmo ano.

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Com o sucesso, ganhou um novo documentário, Bixa Travesty, que estreou em novembro passado após viajar o mundo todo, realizou turnês internacionais, apresentou-se no Rock in Rio, estreou como atriz, ganhou seu próprio programa de entrevistas, o TransMissão, e passou a fazer parte do elenco de Segunda Chamada, série sobre educação da Rede Globo.

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Na lista de mulheres trans e negras que apresentaremos a seguir, poderíamos incluir também a já citada Liniker Barros, que conquistou a todos com sua poderosa voz no primeiro lançamento de Liniker e os Caramelows, Remonta, de 2016, e neste ano voltou a encantar com o segundo álbum da banda, Goela; e Raquel Virgína e Assucena Assucena, as partes baianas da mistura As Bahias e a Cozinha Mineira, que lançou seu terceiro álbum de estúdio, Tarântula, em 2019.

Porém, para renovar as playlists neste mês do Orgulho LGBTQIA+, conheça algumas artistas que estão despontando na cena musical brasileira e prometem agitar os próximos anos com muita música boa. Confira:

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Jup do Bairro

Após parceria com Linn da Quebrada, Jup do Bairro investe em carreira solo (Jeferson Delgado/Instagram)

Quem acompanha Linn da Quebrada, já deve conhecer a companheira de longa data da cantora, Jup do Bairro. Ela é a segunda voz de Pajubá, divide a apresentação do TransMissão com a colega e também está em Bixa Travesty. Além disso, Jup agora investe em uma carreira solo.

Jup lançou, na primeira semana de junho de 2020, o EP Corpo Sem Juízo, produzido a partir de financiamento coletivo. A primeira música, que intitula o EP, já havia sido disponibilizada e conta com falas da escritora Conceição Evaristo e da estudante de artes Matheusa Passareli, trans não-binária morta em abril de 2018. No álbum, ainda aparecem colaborações com Deize Tigrona, Mulambo, Rico Dalasam e Linn da Quebrada.

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MC Xuxu

MC Xuxu é representante do funk no cenário musical trans (Instagram)

"As gay, as bi, as trans e as sapatão, o clã tá formado pra fazer revolução", canta MC Xuxu em O Clã, um de seus primeiros trabalhos, lançado em 2017. A artista de Juiz de Fora é uma mulher trans, negra e periférica e faz questão de falar disso em suas músicas.

Em seu primeiro álbum, Senzala, ela também fala sobre independência, desapego e traz uma nova versão de O Clã, além de participações das artistas trans Danny Bond e Pepita. Para 2020, Xuxu já lançou os singles Marginal, no começo do ano, e Bundelícia, um funk político divulgado no último dia 5.

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Danna Lisboa

Danna Lisboa é cantora, compositora, atriz, dançarina e mãe de uma casa de vogue (Instagram)

Além de cantora, Danna Lisboa é compositora, atriz, dançarina e mãe da Casa Besher, uma espécie de time que disputa as modalidades do vogue, dança estilizada performada em bailes gays de Nova York e popularizada na década de 1980 após o sucesso homônimo de Madonna.

A primeira música de trabalho de Danna foi Trinks, lançada em 2016, e, no ano seguinte, a artista lançou seu primeiro EP, Ideais, que inclui uma colaboração com a drag queen Gloria Groove em Quebradeira. Censura, último lançamento de Danna, fala sobre a marginalização de mulheres trans em relacionamentos amorosos e está presente no álbum mais recente da cantora, Real, lançado em 2019.

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Mel

Ex-membro da Banda Uó, Mel agora se lança em carreira solo (Instagram)

Você já deve conhecê-la como Candy Mel, a líder feminina da Banda Uó. No entanto, após o grupo de pop tecnobrega anunciar seu fim, em 2018, ela abandonou e agora investe em carreira solo apenas como Mel.

Seu primeiro projeto ainda está em desenvolvimento, mas a artista já divulgou dois vídeos que misturam poesia e música, intitulados Cabelo O Medo. A cantora também participou da música Transbordar, do EP solo de Tchelo Gomez, membro do grupo de rap LGBTQIA+ Quebrada Queer. Em breve, a cantora também poderá ser vista atuando em Vento Seco, filme brasileiro ainda sem previsão de estreia.

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Urias

Urias lançou seu primeiro single, Diaba, em 2019 (Instagram)

Famosa após divulgar covers para as músicas Ice Princess, da rapper Azealia Banks, e Você Me Vira a Cabeça, de Alcione, Urias foi convidada por Pabllo Vittar a participar da música Ouro, presente no segundo álbum da drag queen, Não Para Não, e, em 2019, lançou Diaba, parte do primeiro EP da cantora, Urias, e que venceu o prêmio de "Melhor Direção de Arte" no Berlin Music Video Awards, em 2020, no começo de junho.

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Danny Bond

Do nordeste, Danny Bond mistura o funk e o tecnobrega em suas músicas (Instagram)

De Macéio, Alagoas, Danny Bond já está em cena há um tempo, sendo uma das principais representantes do movimento trans na música. Com um misto de funk e tecnobrega e um sotaque nordestino, a artista lançou seu primeiro álbum, Epica, em 2017.

Ela também participou de Missa, música presente em Senzala, disco de estreia de MC Xuxu, e, após sucessos como Tcheca, Eu Gosto é de Dar, com a drag queen Kaya Conky, e Loka de Pinga, com a também drag Kika Boom, Danny Bond lançou um novo EP em meio à pandemia de coronavírus, intitulado Remixes de Quarentena.

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Rosa Luz

Rosa Luz começou como youtuber antes de investir no rap (Instagram)

De Brasília, Rosa Luz tem 23 anos e começou no YouTube, com o canal Barraco da Rosa, antes de lançar seu primeiro álbum, Rosa Maria Codinome Rosa Luz. Na sua carreira, tanto como youtuber quanto rapper, Rosa Luz traz a sua experiência como uma mulher trans, negra e de periferia e, na música, cria suas melodias em cima de ritmos de origem africana.

Além do EP, lançou singles como Sanguinária e O Carnaval Que Elas Querem, gravou um disco ao vivo no Estúdio Showlivre e participou do documentário Chega de Fiu Fiu, produzido pela ONG feminista Think Olga, que retrata o assédio sofrido por mulheres e a resistência através da arte e do ativismo. Em maio de 2020, Diss Pras Rata, novo single de Rosa Luz, chegou às plataformas digitais.

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Monna Brutal

Monna Brutal lançou primeiro álbum em 2018 e está no EP Alegoria, de Gloria Groove, lançado no último dia 12 (Instagram)

Monna Brutal também é uma representante do rap na comunidade trans. Da periferia de Guarulhos, na Grande São Paulo, a artista é envolvida desde muito nova com o hip-hop e herda a facilidade em fazer versos das batalhas de rap que costumava participar. Ela mesma organizou, por dois anos, a Batalha da Aldeia, no Jaçanã, na Zona Norte de São Paulo.

Monna lançou seu primeiro álbum, 9/11, em outubro de 2018, e trata temas como transfobia e machismo na produção. Ela também participou da música Magenta Ca$h, presente no último EP da drag queen Gloria Groove, Alegoria, lançado no fim de 2019.

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Alice Guél

Alice Guél fala sobre pessoas transvestigeneres no seu trabalho (YouTube)

A obra de Alice Guél trata, majoritariamente, do papel de pessoas transvestigeneres, termo que utiliza para se referir a identidade de gênero de travestis, pessoas trans e não-binárias, na sociedade. Seu primeiro trabalho foi Alice no país que mais mata travestis, lançado em 2017, e trouxe uma de suas músicas mais emblemáticas, Deus É Travesti.

Em breve, a cantora deve lançar um novo trabalho pelo selo musical Trava Bizness, primeira gravadora focada em artistas transsexuais do mundo. O primeiro resultado da parceria foi a música Dancarê, lançada em abril de 2019.

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MC Dellacroix

MC Dellacroix lançou primeiro álbum, #Dlcrx, em 2019 (Instagram)

MC Dellacroix é de Campinas e usa do rap para falar sobre transfobia, racismo, religião, exclusão social, entre outros assuntos. Seu primeiro single foi QUEBRada, lançado em 2017, e, neste ano, a rapper lançou seu primeiro álbum, #Dlcrx, que deve ganhar uma segunda parte no futuro.

Além da música, ela também investe na Casa Chama, uma associação cultural e de cuidados a pessoas LGBTQIA+ de São Paulo, da qual é co-fundadora e produtora artística.


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