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Música / ESPECIAL

Retrospectiva: A ascensão de mulheres no rap brasileiro na década de 2010

Karol Conká, Tássia Reis e Flora Matos foram algumas das rappers que se juntaram a Negra Li na cena musical

Henrique Nascimento Publicado em 07/01/2020, às 13h00

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Karol Conká, Tássia Reis e Flora Matos abriram a década de 2010 como algumas das primeiras rappers a ganharem notoriedade na cena musical - Instagram
Karol Conká, Tássia Reis e Flora Matos abriram a década de 2010 como algumas das primeiras rappers a ganharem notoriedade na cena musical - Instagram

Racionais MC's, Planet Hemp, Facção Central, RZO, Sabotage, Rappin' Hood e Mv Bill. Depois Emicida, Criolo, Rashid, Rincon Sapiência e Djonga. Esses são apenas alguns dos nomes mais notáveis da cena rap no Brasil.

Por muitos anos (e ainda hoje), o rap foi um espaço bastante masculino e, reconhecido por muitos, como muito machista, relegando o espaço das mulheres a colaborações com os grandes nomes masculinos da cena. Em meio a isso, por muitos anos, Negra Li se manteve como a grande representante das mulheres no rap.

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Ela iniciou em 1996 como uma das vocalistas do RZO e, em 2005, investiu em uma carreira solo e lançou seu primeiro álbum, Guerreiro, Guerreira. Ao longo dos anos, firmou-se não só como rapper, mas cantora, compositora e atriz. Já gravou com Caetano Veloso, Nando Reis, Sabotage, Mano Brown, Akon, Pitty, Charlie Brown Jr. e, entre outros, Dina Di, vocalista do grupo Visão da Rua, outra representante do rap feminino no Brasil, que teve sua carreira interrompida em 2010 com a sua morte.

A década de 2010 viu as mulheres ganharem maior espaço na cena musical e se juntarem ao caminho traçado que Negra Li ajudou a traçar. Nesta lista, relembramos quem ajudou a engrossar a lista de artistas brasileiras no rap:

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Karol Conká

Karol Conká chamou a atenção em 2013 com o lançamento de seu primeiro álbum, Batuk Freak (Instagram)

Karol Conká foi uma das primeiras rappers a despontar na década de 2010, quando lançou seu primeiro single, Gandaia, presente em Batuk Freak, álbum de estreia da rapper, lançado em 2013. Com uma mistura de rap com pop, a cantora chamou a atenção e foi eleita a Artista Revelação da edição daquele ano do Prêmio Multishow de Música Brasileira.

A rapper ficou ainda mais em evidência após lançar Tombei, parceria com o grupo Tropkillaz. A partir daí, vieram sucessos como É o Poder, Maracutaia e Lalá, até o lançamento de seu segundo álbum, Ambulante, produzido pelo DJ Boss In Drama, que conta com os singles Kaça e Bem Sucedida.

Em 2017 foi convidada do Bomba Estéreo no Rock in Rio, mas em 2019 fez sua estreia solo no festival, levando Linn da Quebrada e Gloria Groove ao palco para lançar o seu single mais recente, Alavancô. Neste ano, ela também foi uma das convidadas do projeto Hip Hop Machine, que mistura rap com jazz e já teve participações de Baco Exu do Blues, BNegão e Gabz, entre outros.

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Flora Matos

Flora Matos colocou o sucesso Pretin na boca de todo o mundo logo no começo da década, em 2011 (Instagram)

Você pode até não reconhecê-la pelo nome, mas provavelmente já ouviu um dos maiores sucessos de Flora Matos: em 2011, a rapper lançou a música Pretin, sucesso independente que chegou às principais paradas musicais da MTV, rendendo à cantora, inclusive, uma indicação ao Hit do Ano na edição daquele ano do MTV Video Music Brasil, premiação já extinta do canal.

O sucesso a levou a colaborar com grandes nomes do rap nacional: Edi Rock, dos Racionais MC’S, MV Bill, Rashid, Haikaiss e Don L. Pretin também fez parte da trilha sonora da temporada de 2014 da novela Malhação, da Rede Globo.

Foi só em 2017 que Flora Matos lançou Eletrocardiograma, primeiro álbum de estúdio da carreira da rapper. Elogiado, o compilado rendeu outro single de sucesso para Flora, o hit Preta de Quebrada.

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Tássia Reis

Tássia Reis: mesclando rap com samba, jazz e R&B (Instagram)

Não é só na rima que Tássia Reis manda bem: em suas músicas, ela mescla o rap, o samba, o jazz e o R&B e foi isso que apresentou em seu primeiro álbum, Tássia Reis, de 2014, em músicas como Good Trip e Meu Rap Jazz. Junto com Karol Conká e Flora Matos, forma a trindade expoente de mulheres no rap na primeira metade da década.

Nos anos seguintes, Tássia lançou mais dois álbuns: Outra Esfera, em 2016, e Próspera, em junho deste ano. Ela também já colaborou com artistas como Rashid, Aláfia, Rincon Sapiênca, Liniker e os Caramelows e Pitty e, em 2015, se juntou a seis outras artistas femininas para lançar o coletivo Rimas & Melodias.

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Rimas & Melodias

Alt Niss, Stefanie, Tássia Reis, Mayra Maldjian, Drik Barbosa, Tatiana Bispo e Karol de Souza formam o Rimas & Melodias (Instagram)

Além de Tássia Reis, o Rimas & Melodias reúne Alt Niss, Karol de Souza, Mayra Maldjian, Stefanie, Tatiana Bispo e Drik Barbosa em um coletivo feminino de rap e R&B. Apesar de ter surgido em 2015, o grupo ganhou notoriedade após o lançamento de Origens, primeira música de trabalho lançada em julho de 2017.

A música foi parar no primeiro álbum das artistas, Rimas e Melodias, que saiu em setembro daquele ano. No mesmo ano, elas ainda lançaram Elza, canção em homenagem à brasileira Elza Soares.

Além de engrossar o time de rappers brasileiras, o Rimas & Melodias ajudou a introduzir nomes como Drik Barbosa e Karol de Souza, que investiram em carreiras solos após o sucesso do grupo.

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Drik Barbosa

Após colaborações com diversos artistas, Drik Barbosa lançou seu primeiro álbum em 2019 (Instagram)

Formada nas mesmas batalhas de rap que formaram Emicida, Drik Barbosa já era conhecida por trabalhos com o rapper em músicas como Aos Olhos de Uma Criança, da trilha sonora da animação indicada ao Oscar O Menino e o Mundo, e foi a representante feminina da supercolaboração Mandume, do álbum Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa..., mas foi após o Rimas & Melodias que ela conseguiu realmente se mostrar como rapper e cantora.

Em 2018, ela lançou seu primeiro EP, Espelho, que contou com parcerias com a colega de coletivo Stefanie e o rapper Rincon Sapiência, no single Melanina. Neste ano, ela deu continuidade ao seu trabalho e lançou seu primeiro álbum, Drik Barbosa, onde mistura ritmos como rap, R&B e pop em músicas como Quem Tem Joga, com Gloria Groove e Karol Conká, e Luz, colaboração com Emicida e Rael.

Em parceria com o projeto Natura Musical, a cantora transformou o álbum em visual, com clipes para todas as músicas, e um mini-documentário contando a sua história.

+ Leia mais: Em 2019, Emicida lançou seu novo álbum, AmarElo, com participações de Pabllo Vittar, Drik Barbosa e Fernanda Montenegro

Karol de Souza

Do Rimas & Melodias, Karol de Souza também lançou primeiro álbum em 2019 (Instagram)

Outra integrante do Rimas & Melodias, Karol de Souza já está no rap há muitos anos. Em 2010, ela se mudou de Curitiba para São Paulo para investir na música e, três anos depois, lançou sua primeira mixtape, Rap Até o Fim, antes de se juntar ao grupo que a abriria portas na cena.

Em outubro deste ano, Karol lançou seu primeiro álbum, GRANDE!, onde contou com participações das colegas de Rimas & Melodias Tatiana Bispo, Mayra Maldjian e Stefanie, em singles como Beijo no Pescoço, Grande! e o remix de Rajada, respectivamente.

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Clara Lima

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De Minas Gerais, Clara Lima também se criou nas batalhas de rap, das quais participa desde a adolescência. Considerada prodígio, a rapper já lançou dois EPs antes mesmo de completar vinte anos: Transgressão, em 2017, e o mais recente, Selfie, que saiu em novembro deste ano.

Ainda no começo da carreira, Clara é uma das promessas do rap para a próxima década, destacando-se em singles como Sem Medo de Ser Feliz, Predestinada e Pensando em Nós.


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