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Música / ENTREVISTA

O momento de Linn da Quebrada, que se consagra na TV em Segunda Chamada, na música e com doc no cinema

Em entrevista exclusiva à Exitoína, Linn falou sobre a crise política e destacou que ela ''é também um momento de oportunidade''

Saulo Tafarelo Publicado em 27/11/2019, às 19h26 - Atualizado às 19h36

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Linn da Quebrada em foto perfil para divulgação da canção FakeDói - Marie Rouge
Linn da Quebrada em foto perfil para divulgação da canção FakeDói - Marie Rouge

Linn da Quebrada teve um ano de 2019 muito agitado. A artista de 29 anos, natural de São José do Rio Preto, interior de São Paulo, entrou para o elenco da série Segunda Chamada, da Rede Globo, lançou a canção e o clipe de Oração, seu mais recente trabalho no cenário musical, e ainda acompanhou por aqui o lançamento do premiado filme Bixa Travesty, documentário baseado em sua vida. 

Este último, inclusive, ganhou o Teddy Bear no Festival de Berlim no ano passado, principal prêmio para filmes que tratam das questões LGBTQ+ na Alemanha, e teve sua estreia no Brasil em 21 de novembro. 

Todos estes trabalhos foram muito elogiados tanto na cena nacional quanto internacional e, assim, Linna Pereira - seu nome fora do meio artistíco - se consagrou como uma das artistas brasileiras atuais que incendeiam tudo por onde passa.

+Leia mais: Linn da Quebrada, Rogéria e outros ícones LGBTQIA+ brasileiros que tiveram suas histórias contadas em documentários

Linn se mostra como uma pessoa que veio para abalar as estruturas do sistema e indagar as normas rígidas da sociedade, como afirma ao falar que usa suas variadas linguagens como uma forma de ''invasão, de conquista, e também de disputa''. 

Importante ativista LGBTQ+ e da população negra nas artes, Linn falou com exclusividade à Exitoína e destacou o momento político que estamos vivendo, bem como suas performances frente às variadas mídias que atua. 

+Leia mais: Além de Linn da Quebrada: cantoras trans e negras para não tirar da playlist

O clipe de Oração é uma grande produção que mistura temas contundentes na sociedade atual e já é um marco em sua carreira. O que a canção significa em tempos políticos e sociais que estamos vivendo? 

Significa vitória. Significa conquistas. Significa criação de redes de apoio. Significa que estamos avançando, estamos nos cuidando e fortalecendo nossas redes, isso pra mim é muito importante.

Você brinca muito com o sentido das palavras e usa a língua portuguesa como instrumento do seu trabalho. Com que intuito você utiliza a linguagem à sua maneira em suas obras, nos posts e na maneira como se comunica? 

Eu utilizo a linguagem como mais um lugar de invasão, de conquista e também de disputa porque a linguagem também pertence aos homens, de uma certa forma. Eles são os detentores dos termos e da linguagem e assim dão nome às coisas, ao seus espaços e às suas funções. Quando eu invado esse espaço, eu me dou possibilidade de eu mesma dar nome ao processo do que eu estou vivendo e também organizar o meu próprio caos. E causar algum tipo de desordem social. É assim que eu invisto minha energia na linguagem.

Bixa Travesty é um trabalho mais documental sobre sua vida e sobre artistas trans em São Paulo e foi lançado em fevereiro de 2018, sendo que estreará no Brasil apenas agora [21 de novembro]. Acha que o filme vem em um bom momento como um instrumento artístico para a política atual? 

Com certeza, o filme significa muito se a gente pensar na acessibilidade à essa narrativa, ao que construo com ele. E acho que ele também serve como ameaça a esse sistema, cis heteronormativo e vingança ao audiovisual e a todo o seu processo hegemônico no que diz respeito às narrativas e histórias que são contadas. Por isso nesse momento de crise política é mais importante que a gente se inscreva também nesse território. Porque a crise ela não é só um momento de perigo, é também um momento de oportunidade para que a gente desvie o curso da história e permita que um novo momento possa surgir.

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Linn como a personagem Natasha em Segunda Chamada (Divulgação/Globo)

Sobre Segunda Chamada, na Globo: como se deu o processo de criação da personagem Natasha?

Foi tudo! Eu amei horrores. Senti que houve e que aprendi muito com as trocas. Consegui experienciar novos lugares enquanto artista, foi muito proveitoso, muito rico, estou super motivada a experimentar mais coisas no audiovisual. Para poder viver coisas novas mesmo, experienciar novas narrativas dentro do cinema e da televisão, me surpreender artisticamente também. E também trazer a surpresa para aquelas que me acompanham.

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