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News / POLÊMICA

Ex-guarda nazista é condenado por ser cúmplice na morte de mais de 5 mil pessoas na Segunda Guerra

Bruno Dey tinha 17 anos na época e ajudou a assassinar milhares de prisioneiros na Polônia

Redação Publicado em 23/07/2020, às 13h30

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Bruno Dey, de 93 anos, ao chegar no tribunal de Hamburgo, na Alemanha - Daniel Bockwoldt - Pool/Getty Images
Bruno Dey, de 93 anos, ao chegar no tribunal de Hamburgo, na Alemanha - Daniel Bockwoldt - Pool/Getty Images

Um ex-guarda nazista, de 93 anos, foi condenado nesta quinta-feira (23), no tribunal de Hamburgo, na Alemanha, a dois anos de prisão. Ele foi acusado de ser cúmplice na morte de mais de 5 mil pessoas no campo de concentração de Stutthof, na Polônia, durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1944 e 1945. 

De acordo com a Isto É, a imprensa alemã informou que Bruno Dey tinha 17 anos na época dos acontecimentos e foi considerado culpado pela cumplicidade em 5.232 assassinatos e tentativas de assassinato, de acordo com a presidente do tribunal, Anne Meier-Göring. 

“Fez mal. Foi uma terrível injustiça. Não deveria ter participado em Stutthof”, declarou a juíza. "Você se considera um observador, mas foi um apoiador desse inferno criado pelos homens”, completou.

O advogado de Dey chegou a pedir a anulação do caso, mas a procuradoria considerou que o réu apoiou o extermínio nazista.

Dey se desculpou na última segunda-feira (20) ao dizer que passou a tomar consciência de toda a magnitude da crueldade dos eventos ocorridos em Stutthof durante os nove meses de julgamento, que contou com cerca de 40 depoimentos. 

+ Leia Mais: Veterano da Segunda Guerra é vítima de pandemia 100 anos depois de gêmeo morrer da mesma forma

Foram cerca de 65 mil mortes consequentes do extermínio no campo de concentração de Stutthof. Os promotores do Tribunal de Hamburgo alegam que tiros na cabeça e o uso de gases letais foram as principais causas dos assassinatos.