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News / CASO GRAVE

Motoboys fazem protesto em condomínio de luxo onde entregador foi humilhado

Matheus Pires Barbosa, de 19 anos, trabalhava quando foi atacado por Mateus Abreu Almeida Prado Couto

Redação Publicado em 08/08/2020, às 14h02 - Atualizado às 14h04

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Matheus Pires Barbosa, de 19 anos, foi humilhado enquanto trabalhava e gerou revolta nas redes sociais - Reprodução/Twitter
Matheus Pires Barbosa, de 19 anos, foi humilhado enquanto trabalhava e gerou revolta nas redes sociais - Reprodução/Twitter

Após viralizar um vídeo em que Mateus Abreu Almeida Prado Couto, de 31 anos, humilha o entregador Matheus Pires Barbosa, de 19 anos, em um condomínio de luxo em Valinhos, no interior de São Paulo, motoboys foram até o local, na manhã deste sábado (8) e fizeram um protesto a favor do colega de profissão.



Nas imagens, que circularam pelas redes sociais durante toda a sexta-feira (8) e colocou o nome do jovem entregador nos assuntos mais comentados do Twitter, Mateus Couto ataca a profissão de Matheus Pires e até a cor de pele do rapaz:

"Você tem inveja disso aqui, você tem inveja dessas famílias aqui, você tem inveja disso", diz o homem, apontando para a cor da pele dele, aparentemente tentando provar que era melhor que o rapaz por ser branco enquanto o entregador é negro.

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O presidente Jair Bolsonaro se pronunciou sobre o caso e, em sua conta no Twitter, afirmou: “Independentemente das circunstâncias que levaram ao ocorrido, atitudes como esta devem ser totalmente repudiadas. A miscigenação é uma marca do Brasil", escreveu. "Ninguém é melhor do que ninguém por conta de sua cor, crença, classe social ou opção sexual. Que a indignação dos brasileiros sirva de lição para que atos como esse não se repitam".

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"Que a indignação dos brasileiros sirva de lição para que atos como esse não se repitam. Todos somos iguais!", ainda disse. "Meus votos de solidariedade e sucesso ao entregador Matheus, bem como a toda sua família. Deus os abençoe!":

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Nas novas imagens, divulgadas pelo perfil Johnny Petralha, dezenas de motoboy aparecem em fila no local onde o incidente aconteceu e buzinam repetidamente enquanto carros passam pela rua, em solidariedade ao entregador humilhado:

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Segundo o UOL, um boletim de ocorrência foi registrado, mas a polícia não deu continuidade no inquérito contra Mateus Couto porque o entregador decidiu não denunciar o seu agressor.

O homem foi levado à delegacia, mas a Polícia Civil permitiu que ele respondesse à acusação de injúria racial em liberdade. Segundo a família, Mateus sofre de esquizofrenia.


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