Polícia está investigando o caso
Redação Publicado em 10/07/2020, às 18h18
Uma mulher foi flagrada empurrando sua avó de 90 anos em São Simião, a 368 km de Goiânia. O vídeo mostra a neta puxando o andador da idosa, que não consegue sair do sofá. Após receber o registro, o Ministério Público pediu que a Polícia Civil investigue o caso.
As imagens foram registradas na última quarta-feira (8). Pelo menos quatro pessoas aparecem na imagem, além da idosa que foi vítima da agressão. No primeiro momento, uma mulher - que aparenta ser filha da vítima, discute com ela. A idosa tenta bater nela e é segurada. A neta, que está vestindo um macacão verde, puxa o andador da avó com força e dispara: "Me respeita agora!".
Ainda é possível perceber que outros familiares pedem calma para a neta. "Não vou deixar ela bater na minha tia. Essa velha", fala. A idosa então tenta caminhar usando o andador, mas é impedida pela filha, que grita: "Quem manda aqui sou eu!".
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O vídeo foi entregue para o Ministério Público de Goiás por um parente da idosa. O caso está sendo investigado pela Delegacia de São Simão. Ao UOL, o promotor Fabrício Lamas informou que, até o momento, nenhum familiar ou advogado encontrou a família da idosa.
"Recebemos no final da manhã de ontem esse vídeo. As imagens mostram a idosa sofrendo abusos psicológicos e físicos. É uma situação vexatória, que configura crimes. Assim que o vídeo foi recebido, solicitamos que a polícia instaurasse um inquérito", disse o promotor.
O caso vem sendo tratado como prioridade no Ministério Público, de acordo com o promotor. O órgão deseja saber se a situação foi isolada e se a neta convive diariamente com a senhora.
Depois do compartilhamento das imagens, um filho da vítima, que não mora com ela, a buscou na residência. Segundo o delegado Rafael Gonçalves, todos os envolvidos serão ouvidos nos próximos dias. "O inquérito foi instaurado a partir do estatuto do idoso. A responsável vai responder por humilhar uma pessoa idosa e ainda divulgar imagens dessa humilhação. A pena pode ultrapassar quatro anos", explicou ao UOL.
