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Pride / Representatividade

Greta, com Marco Nanini, e outros filmes e séries com personagens LGBTQIA+ na terceira idade

Lista inclui Bacurau, Tales of the City e Grace and Frankie

Henrique Nascimento Publicado em 10/10/2019, às 09h00

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Greta, Bacurau e Tales of the City: filmes e séries com personagens LGBTQIA+ na terceira idade - Divulgação
Greta, Bacurau e Tales of the City: filmes e séries com personagens LGBTQIA+ na terceira idade - Divulgação

Uma das estreias da próxima semana, Greta conta a história de Pedro, um enfermeiro homossexual aficionado pela atriz sueca Greta Garbo, que ajuda a libertar um jovem prisioneiro com quem acaba se relacionando.

Interpretado por Marco Nanini, o eterno Lineu de A Grande Família, o ator foge do papel do pai de família que o tornou famoso e retrata um homem que, até aquele ponto, viveu uma vida banal e solitária e, após o encontro, começa a ver mudanças ao descobrir e explorar o amor e a sexualidade após os 70 anos de idade.

O recorte não é inédito, mas ainda é pouco retratado, tanto no cinema quanto na TV. Dessa forma, trouxemos uma lista com personagens LGBTQIA+ na terceira idade que, assim como Pedro, valem muito a pena conhecer. Confira:

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Domingas, de Bacurau

Domingas, de Bacurau (Créditos: Divulgação/Vitrine Filmes)

No Brasil de “daqui a alguns anos”, a cidadezinha fictícia de Bacurau, no sertão do Nordeste, é símbolo de resistência. Lá, todos podem ser quem realmente são, sem olhares tortos, e é nela que habita a médica Domingas, interpretada por Sonia Braga, uma mulher lésbica em um relacionamento aberto com outra alguns anos mais jovem do que ela, um tanto ranzinza, amargurada e pouco vaidosa, mas ainda uma das principais influências no povoado.

Hal, de Toda Forma de Amor

Hal, de Toda Forma de Amor (Créditos: Reprodução/YouTube)

A vida de Oliver (Ewan McGregor) ganha um novo começo quando seu pai, Hal (Christopher Plummer), revela que é gay após 44 anos de casamento com a recém-falecida mãe do rapaz. Com a mudança, Oliver acompanha Hal vivendo a vida que nunca pôde: indo a festas, criando novos interesses, conhecendo novas pessoas e apaixonando-se novamente, mesmo com um diagnóstico de câncer no bolso.

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George Garea e Benjamin Hull, de O Amor É Estranho

George Garea e Benjamin Hull, de O Amor É Estranho (Créditos: Reprodção/YouTube)

Embora sejam um casal há cerca de 40 anos, George (Alfred Molina), um regente de coral em uma igreja, e Ben (John Lithgow), um artista plástico, veem a sua vida mudar após decidirem se casar. Apesar do apoio da família, George não encontra o mesmo suporte no trabalho e acaba despedido. Sem dinheiro, o casal volta-se aos familiares e é quando percebem que, mesmo com todo o suporte e admiração que afirmam ter pelo casal, o preconceito e as dificuldades da velhice acabam minando os dias felizes da melhor idade dos dois.

Joaquín Cobo, de Quatro Luas

Joaquín Cobo, de Quatro Luas (Créditos: Reprodução/YouTube)

Em uma das histórias deste filme de 2016, todas com temática LGBTQIA+, o escritor Joaquín Cobo (Alonso Echánove), chefe de uma família de classe média, com esposa, filhos e netos, torna-se obcecado por Gilberto (Alejandro Belmonte), um garoto de programa que conhece em uma sauna. Aproveitando-se da situação, o profissional passa a extorquir o escritor, que tenta de tudo para se relacionar com Gilberto. Porém, durante as negociações, a relação entre os dois começa a mudar a medida em que vão se conhecendo e os personagens acabam ajudando um ao outro com seus segredos.

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Anna Madrigal, de Tales of the City

Anna Madrigal, de Tales of The City

Nos anos 1960, Anna Madrigal (Olympia Dukakis) era uma mulher trans que havia acabado chegar em São Francisco, no norte da Califórnia, deixando toda uma vida para trás para viver quem sempre foi por dentro. Décadas depois, já em seus 90 anos, Anna está estabelecida como a matriarca de uma comunidade LGBTQIA+ que ronda Barbary Lane, um império criado a partir do esforço de Anna em construir um espaço seguro para os membros da sua comunidade.

A história é contada em Tales of the City, série limitada que estreou na Netflix neste ano. Apesar de funcionar separadamente, a série conta com três temporadas anteriores, exibidas em 1993, 1998 e 2001 que, felizmente, também estão disponíveis na plataforma de streaming.

Robert Hanson e Sol Bergstein, de Grace and Frankie

Robert Hanson e Sol Bergstein, de Grace and Frankie (Créditos: Divulgação/Netflix)

Advogados e sócios em um escritório de advocacia, Robert Hanson (Martin Sheen) e Sol Bergstein (Sam Waterston) são um casal há vinte anos. Há apenas um pequeno problema no relacionamento entre os dois: ambos são casados com mulheres – até que decidem pedir o divórcio para que possam, enfim, viver o romance entre os dois abertamente, sem segredos.

É assim que começa a trama de Grace and Frankie, série da Netflix que estreou em maio de 2015 e já conta com cinco temporadas. Apesar de ser gestada em cima de um tabu, o da traição, a relação de Robert e Sol acaba ganhando importância na história pelo fato de dois homens, em seus setenta anos, decidirem celebrar o amor e a felicidade entre eles. “Eu esperei vinte anos por você, eu esperaria outros vinte anos se precisasse. Não há ninguém mais para mim”, diz Robert ao companheiro, em certo momento.

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Freddie Thornhill e Stuart Bixby, de Vicious

Freddie Thornhill e Stuart Bixby, de Vicious (Créditos: Divulgação/ITV)

De um casal de advogados a um casal de lordes – ao menos, quando se trata dos intérpretes desse casal. Sir Ian McKellen e Sir Derek Jacobi, atores assumidamente homossexuais, dão vida Freddie Thornhill e Stuart Bixby, um ex-ator e um ex-barman que estão juntos há 48 anos e, apesar da rotina de xingamentos e ofensas que disparam um contra o outro, ainda são profundamente apaixonados.

“É importante que você ache a pessoa certa”, comenta Freddie, em certo momento. “Ou você ficará preso a um idiota imprestável por mil anos como eu”. A frase, é claro, é apenas uma provocação ao parceiro. Vicious foi exibida entre 2013 e 2016 e terminou com uma grata surpresa aos fãs da série.

Maura Pfefferman, de Transparent

Maura Pfefferman, de Transparent (Créditos: Divulgação/Amazon Prime Video)

Em Transparent, Morton Pfefferman (Jeffrey Tambor) é um professor de universidade aposentado, que, no auge de sua vida, decidi-se assumir para a família como uma mulher trans. Agora conhecida como Maura, ela precisa enfrentar as complicações que a decisão traz à família ao mesmo tempo em que busca mostrar que, por toda a vida, vem se disfarçando de homem e que ser uma mulher é o que sempre foi.

A criadora da série, Jill Soloway, que identifica-se com o gênero não-binário, ou seja, nem masculino nem feminino, inspirou-se na transição do próprio pai em uma mulher transgênero para criar a história, que teve quatro temporadas e um filme musical de encerramento, exibidos no Amazon Prime Video.