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TV e Séries / TV / grande final

5 coisas que fazem de 'Game of Thrones' uma das melhores séries já feitas na televisão

Separamos algumas das características que fizeram da série o sucesso que é hoje e como ela mudou o jeito de fazer séries na TV

Giovanna Bronze Publicado em 18/05/2019, às 10h15 - Atualizado em 20/05/2019, às 00h05

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Daenerys com Drogon. - Reprodução/HBO
Daenerys com Drogon. - Reprodução/HBO

Neste domingo (19), irá ao ar o último episódio de Game of Thrones. A série que estrou em 2011 chega ao fim após 8 temporadas que conquistaram fãs pelo mundo.

Assim como Lost revolucionou a televisão ao incorporar o uso de flashbacks de uma maneira pertinente para contar uma história, Game of Thrones também impactou a indústria de uma maneira que veremos em novas produções futuras.

Para comemorar o final da grande série de fantasia da HBO, reuni aqui cinco pontos que nos fizeram apaixonados por Game of Thrones e que deverão ser utilizados pelas próximas sensações televisivas que ainda vão surgir.

Confira:

O fim do personagem principal

Além das tramas complexas e dos personagens humanos (portanto, corruptíveis), Game of Thrones também apresentou uma maneira de contar a história: o fim do personagem principal.

Sim, outras séries já foram feitas com dois ou três personagens principais, ou com um principal e vários secundários ainda importantes. Mas se pensarmos em The Walking Dead, por exemplo, o personagem principal no começo sempre foi o Rick.

A série nos fez pensar que Ned Stark era o personagem principal, já que ele estava sempre envolvido nos acontecimentos principais do enredo. Também acompanhavamos Daenerys pra lá do Mar Estreito e Jon Snow na Muralha, mas tudo indicava que a série seria focada em Ned tentando desvendar os mistérios dos filhos de Robert e da morte de Jon Arryn.

No final, a série o matou impetuosamente. Não, ninguém esperava por essa - e quem disse isso, estava mentindo. Até o último momento, era esperado que alguém impedisse Joffrey de matar Ned Stark. Infelizmente, ninguém tentou.

Produção top de linha

Game of Thrones não poupou gastos depois que se tornou um sucesso e conseguiu um orçamento maior para as últimas temporadas.

De acordo com o jornal Los Angeles Times, a série possuia um orçamento de 15 milhões de dólares para serem gastos por episódio. Ao longo das oito temporadas, Game of Thrones foi gravada em mais de 10 países, incluindo a Irlanda do Norte, Marrocos, Croácia e Islândia.

Um orçamento desse nunca tinha sido usado em um mundo no qual 5 milhões de dólares por episódio de 60 minutos de uma série dramática é considerado um exagero.

E com o que foi gasto todo esse dinheiro, além das gravações externas?

Ainda de acordo com o jornal, a produção usou mais de 1,5 toneladas de metal para criar as armas da série durante os anos, incluindo mais de 1,300 escudos para os soldados. Os produtores usaram mais de 52 mil sacolas com neve de papel, mais de 4 mil galões de sangue falso e 12.137 perucas.

Sem falar também nos gastos com os efeitos especiais para dar vida aos dragões de Daenerys e aos lobos gigantes dos Starks - mesmo que os criadores tivessem que cortar algumas cenas importantíssimas, como Jon se despedindo apropriadamente do Fantasma.

++ Relembre os 25 momentos mais épicos de 'Game Of Thrones', que termina neste domingo

Zumbis, dragões e magia de um jeito que faz sentido

Em uma história de fantasia, é importante fazer sentido em seu próprio universo e não quebrar regra deles.

Embora esse item seja mérito de George R.R. Martin, precisamos realmente valorizar como as coisas fantásticas que aconteceram permaneceram fiéis ao universo ficional em que foram criadas.

O próprio autor já disse, em um evento lá em 2014, que, se ele quisesse, ele poderia colocar uns aliens no meio de Game of Thrones. Mas ele sabe que isso quebraria totalmente as regras do universo que ele criou, o que faria com que a história deixasse de fazer sentido e deixasse de criar uma história boa.

Culturas, religiões e outros aspectos que fazem do mundo mais próximo do nosso

Outro fator que também é mérito de George R.R. Martin e que também precisamos valorizar, são os aspectos culturais que foram atribuídos a cada um dos povos diferentes que habitam o mundo fantástico em que As Crônicas de Gelo e Fogo acontecem.

Temos todas as culturas do povo de Dorne, por exemplo, que é muito diferente da do povo do Norte.

É um mundo completamente diferente da nossa realidade, mas que possui essa semelhança multicutural que nos aproxima de Game of Thrones, mesmo que eles tenham dragões e nós, inflizmente, não.

++ 10 teorias do que pode acontecer no último episódio de 'Game of Thrones'

Eita atrás de eita

O que começou com Ned Stark continuou ainda mais pelas próximas temporadas.

Uma das características de Game of Thrones é que a série te deixa na ponta do sofá, esperando que algo aconteça com todas as forças, te dando esperança, só para que, no final, essa esperança seja arrancada de você de um jeito brutal. É doloroso, mas nós amamos a série exatamente por isso. Ela não faz o esperado.

Um exemplo clássico é o Casamento Vermelho – que, honestamente, ainda sequer superamos até hoje. O episódio aconteceu de uma maneira que surpreendeu a todos em um dos momentos mais sangrentos de Game of Thrones e que pegou todo mundo do nada. Quando todos pensavam que Robb conseguiria acabar com os Lannister e ser o Rei dos Sete Reinos, temos isso cruelmente arrancado de nós.

Atenção aos detalhes

Ao rever as primeiras sete temporadas de Game of Thrones, me deparei com detalhes que me passaram um pouco despercebidos mas que enriqueceram a série durante os episódios.

Um desses detalhes é, por exemplo, o design das armaduras. As armaduras de cada Casa e da cada povo de Westeros possuem características nos figurinos que diferem entre eles e, ainda por cima, dão um traço único para cada um. A armadura dos Tully, por exemplo, parecem com escamas de um peixe - o símbolo da casa deles.

Já dos soldados Lannister, que vemos bastante durante a série, possuem as cores da Casa e ainda se mostram, de fato, como a armadura mais cara mostrando 

Outra característica foi a atenção que eles dedicaram a criar as línguas fantásticas da série. Uma coisa é ler as palavras em valiriano nos livros, mas como criar toda uma linguística em que ela é aplicada? 

David J. Peterson foi o linguista responsável por criar os idiomas dothraki e valiriano para que fossem usados na série, além de, claro, ensinar os atores a falaram propriamente. Não são apenas ruídos aleatórios com uma legenda explicativa - são realmente novos idiomas que você pode aprender se quiser estudar.

++ Nova teoria diz que personagem de 'Game of Thrones' ainda está vivo

O último episódio de Game of Thrones irá ao ar neste domingo (19), a partir das 22h na HBO e no serviço de streaming HBO Go.