Conservadores e grupos religiosos pedem que a Netflix remova o filme do seu catálogo
Redação Publicado em 12/12/2019, às 15h41 - Atualizado às 20h15
Depois que Gregório Duviver publicou sua resposta às críticas em sua coluna na Folha de São Paulo, Fábio Porchat se posicionou na última quarta-feira (11) aos ataques que recebeu desde que o especial de natal do Porta dos Fundos, A Primeira Tentação de Cristo, ficou disponível no catálogo da Netflix.
O tweet já alcançou mais de 93 mil curtidas e foi retweetado várias vezes. O ator pediu para que a população deixasse o filme de lado e voltasse a se preocupar com problemas sociais que são relevantes ao país. "Gente, pode deixar que eu me resolvo com Deus, tá de boas, não precisa se preocupar não. Agora pode voltar a se indignar com a desigualdade que destrói nosso país. Mas tem que se indignar com o mesmo fervor, tá?", satirizou.
+ Leia mais: Porta dos Fundos ganha prêmio de Melhor Comédia no Emmy Internacional
O filme está sendo criticado por retratar Jesus Cristo como homossexual, Deus como mentiroso e outros detalhes que conservadores consideram como desrespeitosos. O roteiro foi escrito por Porchat, que fez questão de alertar o público sobre as sátiras, e Duviver ficou responsável por interpretar Jesus.
Muitas pessoas apoiaram a fala de Porchat. Inclusive, Marcelo Adnet aproveitou o momento e satirizou as falas da parcela da população que se posicionou contra os artistas e a produção.
EM GRASADO PORQ NAO IMITA SATANAS MMMM JA SEI NAO IA LACRA NEM APARECE PORQ TEM PAQUITO COM LUCI E FÊ DEZ DE Q SAIO DA RECO AGORA DA X LIQUE QUE ACABO A MARMATA E SECO E TETA DA RUAN-LEI KKKK CHOLA MAS FRACANSADO SO GANHA PRÊMIOS INTERNA CIONAL QUE NINGUE CONHECE FARÇA GLOBALOIDE
— Marcelo Adnet (@MarceloAdnet) December 11, 2019
Fábio Porchat ainda retweetou um comentário de seguidora que lembrou sobre o Emmy Internacional que o Porta dos Fundos recebeu na categoria Melhor Comédia pelo primeiro especial de natal lançado. "Especial do Porta do ano passado, vencedor do Emmy Internacional, trazia um Jesus realmente fdp, mas hétero, que não causou o barulho que o Cristo da vez vem provocando. Por que será?", questionou internauta.
Os ataques começaram depois que a Coalizão pelo Evangelho, grupo que reúne representante de igrejas brasileiras, se pronunciou contra o filme. Logo depois, a mensagem foi endossada pelo deputado federal Marco Feliciano e pelo ator Carlos Vereza, que possui ideologias mais conversadoras. Todos eles pediram para que religiosos cancelassem as suas assinaturas da Netflix, para boicote.
No site Change.org há uma petição direcionada à Netflix, ao grupo Porta dos Fundos e ao Poder Legislativo pedindo a retirada da produção do catálogo do serviço de streaming. Até a tarde desta quinta-feira (12), o documento on-line já possui mais de 1,5 milhão.
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