Conheça mais sobre histórias insólitas da medicina na Idade Média
Redação Publicado em 26/08/2020, às 20h00
Que a medicina é uma ciência impressionante, ninguém pode negar! Mas como será que ela era antes de alcançar esse patamar? Na Idade Média, o sistema de saúde era extremamente precário, e alguns métodos utilizados pelos médicos eram bem contraditórios - e bizarros também. Afinal, muitos estudos avançados ainda não existiam na hora de detectar e tratar problemas de saúde. Se você nem consegue pensar como era a medicina nessa época, confira 5 casos pra lá de estranhos que vão te deixar de boca aberta:
1. Perna de pombo
Karl Friedrich Constatt era um médico alemão especialista em doenças infantis no século 19. Para tratar convulsões em crianças, realizava o seguinte procedimento: segurava a perna de um pombo dentro do ânus do paciente para que, assim, o animal morresse na mesma rapidez que o ataque passasse.
Mas engana-se quem pensa que Constatt foi o único médico a utilizar o tratamento. Em 1850, JF Weisse, diretor do Hospital Infantil de São Petersburgo, aderiu ao método após a ineficácia de outros remédios para tratar um paciente. Desta forma, foi providenciada uma pomba, que morreu logo após ser inserida dentro do ânus da criança. O paciente acabou se recuperando, e foi assim que o método tornou-se ainda mais popular ao redor da Europa.
2. Cadeira giratória
Quando falamos sobre doenças mentais, sabemos que muitos experimentos foram feitos antes de serem encontrados tratamentos eficazes, e muitos deles eram considerados desumanos - como chuveiradas geladas, banho de vapor forçado, choque de insulina e lobotomia frontal. Em meados do século 19, a cadeira giratória também foi um procedimento muito utilizado por médicos para tratar pacientes com problemas mentais.
Durante uma crise, o paciente era amarrado em uma cadeira suspensa, modificada com um sistema de molas e alavancas, que eram acionadas para girar o paciente rapidamente, até que eles desmaiassem. Outros efeitos da prática incluiam palidez, náuseas e vômitos. Segundo os médicos, o objetivo da cadeira era curar a esquizofrenia, “embaralhando” o conteúdo do cérebro.
3. Dentes explosivos
No século 18, em um clérigo da Pensilvânia, nos Estados Unidos, um reverendo identificado como D.A. começou a sentir dores fortes nos dentes. O sofrimento era tanto que o homem acabou ficando cada vez mais agressivo e tentava de tudo para aliviar a dor - mas nada adiantou. Certo dia, um estrondo agudo em sua mandíbula quebrou seus dentes em pedaços, aliviando sua dor na mesma hora.
Após o surgimento de outros casos, vários especialistas começaram a levantar teorias sobre essa explosão. Entre elas, estaria a mudança de temperatura, atreladas aos primeiros produtos químicos utilizados para o tratamento de cáries. Porém, nenhum estudo comprovou esse fato, que continua sendo um mistério até os dias de hoje.
4. Mercúrio na pele
Durante anos, o mercúrio era utilizado como antisséptico para o tratamento de doenças na pele - e muitos o incluíam como forma de tratamento diário. Felizmente, seu uso passou a ser reduzido nos últimos tempos devido à descoberta de sua alta toxicidade.
Antes do uso da penicilina, que surgiu em 1940, os pacientes que sofriam de sífilis eram tratados com mercúrio de diversas formas - como pomadas, pílulas e outras soluções. Porém, o método acabou resultando na perda de vários dentes e até órgãos, além de ter causado sérios problemas ao sistema nervoso central dos pacientes - que levaram à morte de muitos.
5. Fumaça de cigarro
A fumaça de cigarro era utilizada como enema para lavagem intestinal. Durante os séculos 17 e 18, o enema de tabaco também tornou-se um grande sucesso para tratar diversos tipos de problemas. A ideia era que a fumaça do tabaco aquecia o corpo, fazendo com que a respiração de um “quase morto” fosse retomada.
O método foi testado pela primeira vez em vítimas de afogamento, mas acabou caindo no gosto do povo que começou a utilizá-lo para curar resfriados, dores de cabeça, hérnias e febres. Segundo alguns profissionais da época, a nicotina era uma substância estimulante para o corpo, e fazia com que as glândulas adrenais produzissem adrenalina. Só no ano de 1811 os reais efeitos tóxicos da nicotina foi descoberto, e a técnica foi deixada de lado.
Muito bizarro, não é mesmo? Se você quer ficar ainda mais por dentro de tudo o que acontecia na medicina em épocas mais distantes, preparamos uma lista com livros incríveis que você não pode deixar de garantir.
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