Quando questionadas sobre as publicações, as escolas responderam que não viam maldade nelas
Redação Publicado em 13/05/2020, às 09h05
Nos últimos dias, a Estratégia Concursos e a Tec Concursos se envolveram em polêmicas com publicações acusadas de serem racistas e machistas em suas redes sociais. Questionadas sobre o conteúdo publicado e o que eles representavam, as plataformas preparatórias para concursos dispensaram as críticas alegando que não passavam de uma brincadeira.
Na publicação do Estratégia Concursos, uma mulher aparece sendo carregada por três homens negros, em aparente desespero, como se estivesse prestes a ser estuprada. A legenda diz: "O concurseiro estuda com material pouco profundo, sem clareza, não faz questões da banca, ou seja, sem uma retaguarda de conhecimentos que aguente a profundidade com que a banca introduz os conteúdos e diversas posições doutrinárias! E aí, a situação fica preta!"
Nas redes sociais, diversas pessoas se indignaram com o conteúdo da publicação. Uma seguidora comentou: "O fato de vocês ficarem publicando várias coisas em um curto espaço de tempo não vai fazer que as pesoas esqueçam! Aguarando retratação!", escreveu. Como resposta, a Estrátegia Concursos comentou: "Mimimi", debochando da acusação da seguidora, mas apagando a publicação pouco tempo depois.
A Tec Concursos também fez uma publicação e não agradou seguidores. Na imagem, um rapaz aparece estudando enquanto algumas mulheres estão ao seu redor, algumas delas se beijando: "Tenho tara na Tec", escreveu na legenda, colocando um emoji de diabinho:
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A publicação também gerou indignação: "Eu ia assinar a plataforma hoje, ainda bem que vim aqui antes dar uma olhada. Uma 'brincadeira' dessa é de muito mau gosto e que não condiz com o real interesse de quem procura o serviço de vocês", escreve uma interessada arrependida. "Sinceramente, não vemos problema com o post, mas cada um com sua interpretação. Se postarmos um homem em um carro, vocês vão conseguir dizer 'por que não uma mulher?' ou 'enaltece a figura do homem'. Enfim, vocês estão agindo com um preconceito, ironicamente", respondeu a empresa.
"Então a página acha bacana zoar a objetificação do corpo feminino?", questionou outra seguidora. "Vocês precisam se decidir: a mulher pode ou não pode fazer o que bem entender?", respondeu a página:
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